Susana Esteban

Desenvolver colaborações com amigos e com aqueles que admira no sector dos vinhos é uma das suas grandes paixões!

Não tem ninguém na família ligado aos vinhos, mas Susana Esteban nasce na Galiza, na região das Rias Baixas, zona de Alvarinho, o que pode ter despoletado o gosto pelos vinhos. Aos 18 anos, quando ainda não sabe o que fazer da sua vida, inscreve-se em várias provas de vinhos e gosta. Decide que quer ser enóloga, quando na verdade não sabe muito bem o que isso quer dizer. Forma-se em Engenharia Química e faz Mestrado em Viticultura e Enologia durante dois anos, em Rioja. É na viagem de final de Mestrado, em 1995, que se apaixona pelo Douro.

Só conhece o Vinho do Porto, mas os vinhos do Douro são todo um mundo que lhe interessa descobrir. Estagia na Sandeman, que considera uma experiência única, uma vez que tem o privilégio de estar um mês a acompanhar o provador. Segue-se um mês de vindimas no Douro e a certeza de que tem de fazer algo aqui era cada vez mais clara. Envia vários currículos, mas nada acontece. Regressa a Espanha e trabalha como diretora técnica numa empresa de distribuição de produtos agroquímicos, quando vê um anúncio no jornal a pedir um diretor de produção para a Quinta do Côtto, concorre e é selecionada. É aqui que começa a grande aventura, o Douro na altura nada tinha a ver com o Douro de hoje, dão-se os primeiros passos na exportação.

Susana fica no Côtto três anos e é convidada para a Quinta do Crasto onde fica mais cinco. Muda-se para Lisboa e as consultadorias no Alentejo, começam a fazer parte dos seus dias. Aliás, ainda hoje trabalha com algumas dessas adegas. É no Alto Alentejo que começa a produzir os seus vinhos, depois de procurar as melhores vinhas. Não é por acaso que o seu topo de gama se chama PROCURA. É no Alentejo que vai continuar a fazer os seus vinhos, porque é aqui que encontra o terroir que mais a apaixona.

Foi a primeira mulher a receber o prémio “Enólogo do Ano” em 2011 e em 2022 foi eleita “Produtor do Ano”. A crítica nacional e internacional não poupa elogios aos seus vinhos, o que lhe permite arrecadar uma série de prémios importantes.

Vinhas Velhas

Vinhas velhas, de sequeiro, no Alentejo, de preferência na Serra de São Mamede –  é este o ponto de partida de Susana Esteban.  Susana faz questão de procurar as melhores, que sejam quase perfeitas, para que tenha de intervir o menos possível. É uma acérrima defensora “do vinho que se faz na vinha e não na adega”. É isto que a move:  a procura incessante da melhor vinha velha com castas portuguesas de sequeiro, plantadas em altitude, em zonas de granito e xisto e com grandes amplitudes térmicas, porque é esta conjugação de factores que permite as maturações lentas, essenciais nos seus vinhos.

A identificação das castas não é o mais importante para Susana Esteban, mas sim a qualidade das mesmas. Não pode garantir, mas acredita que nos brancos exista: Arinto, Roupeiro, Viozinho e Fernão Pires.

E das castas tintas façam parte: Trincadeira, Rufete, Grand Noir, Alicante Bouschet e Aragonez.

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